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    O Bloco Areal do Futuro era uma escola de samba, criada em 1994. Em 2003 a escola decidiu virar um Bloco de Carnaval, optando por permanecer no seu território e se afastando dos desfiles (quando o carnaval de Porto Alegre foi levado para o Porto Seco). Atualmente são realizadas oficinas gratuítas de percussão, sopro e mestre sala e porta bandeira na Rua Luis Guaranha, titulada como Quilombo. O Areal participa de inúmeras atividades durante o ano inteiro. Além de preservar e ensinar a sua cultura carnavalesca para quem quiser aprender, ainda transmite valores de solidariedade, disciplina, espírito comunitário e voluntário.

 

SAIBA MAIS SOBRE A NOSSA HISTÓRIA:

 

    A Academia de Samba Integração do Areal da Baronesa foi fundada em 26 de fevereiro de 1994. Suas cores eram maravilha, branco, dourado e prata. Foi campeã do Grupo de Acesso em 1995 e campeã do Grupo Intermediário B em 1996. Em 1997 ficou em terceiro lugar no grupo Intermediário A.

    Em 2003 a escola solicitou o afastamento dos desfiles. Recusando-se a ir para o Porto Seco, neste mesmo ano, Paulinho, Daniel e Cleusa resolveram montar um grupo carnavalesco no Quilombo do Areal, dando origem ao Areal do Futuro.

    Recentemente o Areal recebeu título de área remanescente de quilombo. O ato de titulação foi realizado pelo prefeito de Porto Alegre no dia 11 de julho de 2015.


ATIVIDADES DO AREAL DO FUTURO:

 

Oficinas abertas à comunidade e gratuítas, realizadas no Areal do Futuro, às 19h, de Segunda a Sabado.

Oficina de Sopro: ministradas pelo mestre Pio, João Carlos Siegmann Martini, todas as segundas-feira.

Oficina de Percussão: ministradas pelos mestres Paulinho e Daniel, todas as terças e quintas-feira.

Oficina de Mestre Sala e Porta Bandeira: ministradas pela Cleusa, todas as quartas-feira

Oficinas de cordas (cavaco e violão): todas as sextas-feiras


* As oficinas, além de serem um momento de transmissão de tradições, são uma forma de passar valores de coletividade, atuação em comunidade, valorização da cultura local, da ancenstralidade e, como são frequentadas por muitas crianças, também são momentos onde a disciplina é exercitada. O fato de serem gratuítas, ou seja, uma doação do tempo dos ministrantes, fomenta pelo exemplo, nos participantes, o espírito de voluntariado.

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Areal da Baronesa:

 

Comunidade que se reconhece como legatária do Areal da Baronesa, antigo território negro de Porto alegre, famoso por sua trajetória histórica ligada ao início da cidade – agregando uma das primeiras ruas de Porto Alegre -, pelas casas de religião, pelo carnaval de rua, por seus músicos populares. Um território, marcado como território negro, que foi completamente descaracterizado ao longo do séc. XX, em virtude de grandes reformas urbanas. Ocupa um beco, a que chamam de avenida – uma pequena rua com casas geminadas.
As sociabilidades de rua e as relações de auxílio mútuo, caracterizam o “morar em casa de avenida” - modo de vida que é um dos elementos centrais na identidade dessa comunidade. São aproximadamente 80 famílias que vivem em uma das últimas “avenidas” da região, a Luís Guaranha, historicamente ocupada por famílias negras. As fachadas de antigas casas são preservadas, por seu caráter histórico. Através de participação política, lideranças da comunidade obtiveram no Orçamento Participativo da cidade a construção de 12 novas casas no local. Seus integrantes trabalham como serventes, domésticas, policiais da Brigada Militar, entre outros.
Historicamente esta área ficou na memória dos habitantes da cidade, principalmente os antigos carnavalescos como Areal da Baronesa, um dos mais antigos arraiais de Porto Alegre, que surgiu na região denominada na acepção popular de Cidade Baixa, estava localizada ao sul da Colina da Rua Duque de Caxias, e recebeu sua delimitação oficial somente em 1959.


Inicialmente formada pela Rua do Arvoredo, (atual Rua Fernando Machado) teve sua origem no século XVIII, posteriormente (início do século XIX) este local ficou conhecido por Emboscadas. Na região existia um arroio de vinte quilômetros de curso que nascia em Viamão e percorria a Cidade Baixa antes de chegar ao Guaíba, o Riachinho10 que provocava constantes alagamentos, principalmente na Rua da Margem (atual Rua João Alfredo).
Lei Municipal número 2.002, de 07/12/1959 define que a área oficial da Cidade Baixa está circunscrita pelas perimetrais Aureliano de Figueredo Pinto, Praia de Belas, Loureiro da Silva, Venâncio Aires e João Pessoa. A abertura dessas perimetrais, juntamente com alguns aterros que foram efetuados no Guaíba e no Arroio Dilúvio, fazem parte de algumas modificações implementadas pelo poder público no transcorrer do tempo e que contribuíram para modificar, consideravelmente, a fisionomia anterior do bairro. O Riachinho recebia outros nomes: Riacho, Arroio, Arroio Dilúvio ou arroio da Azenha. A denominação Riachinho diz respeito principalmente à parte que percorria o bairro Cidade Baixa.


Historicamente esta área ficou na memória dos habitantes da cidade, principalmente os antigos carnavalescos como Areal da Baronesa, um dos mais antigos arraiais de Porto Alegre, que surgiu na região denominada na acepção popular de Cidade Baixa, estava localizada ao sul da Colina da Rua Duque de Caxias, e recebeu sua delimitação oficial somente em 1959.


A partir de meados do século XIX, este arraial já compreendia um número maior de ruas, que foram abertas em função da necessidade de proprietários de pequenas chácaras, de escoar alimentos até o centro da cidade. No ponto mais extremo sul da Cidade Baixa, encontrava-se uma porção de terra conhecida como Ilhota, que com as cheias do Riacho formavam uma verdadeira ilha, habitada por “gente muito pobre”. Na margem esquerdaficava o local conhecido por Arraial ou Areal da Baronesa, onde atualmente situa-se a Praça Cônego Marcelino, e as ruas Baronesa do Gravataí, Barão do Gravataí, Cel. André Belo e Miguel Teixeira, e algumas transversais menores. O Arraial da Baronesa era uma extensa área de terra que pertencia a João Baptista da Silva Pereira, Barão de Gravathay, que ali mantinha uma chácara, onde construiu um palacete na década de vinte do século XIX. 

 

Fonte: Diversidade e proteção social: estudos quanti-qualitativos das populações de Porto Alegre: afro-brasileiros; crianças, adolescentes e adultos em situação de rua; coletivos indígenas; remanescentes de quilombos/organizado por Ivaldo Gehlen, Marta Borba Silva e Simone Ritta dos Santos. Porto Alegre: Century, 2008. 280p.

Sobre o Areal

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